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Amanda, eu e seu pai vamos sair, será que consegue se comportar até nós
voltarmos?
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Claro Mãe, não me trate como uma criancinha, eu já tenho quinze anos.
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Tudo bem garotinha, pode chamar a Stefany e a Geovana para dormirem aqui.
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Está bem, que horas vocês voltam?
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Agora são sete horas – Olhou para o relógio – Voltaremos antes da meia noite.
A
mãe deu um beijo no rosto da filha. E o seu pai também, saíram de carro,
deixando apenas o número do telefone colado na geladeira, caso precisassem.
Era
lua cheia e noite de sexta-feira 13. Dizia à lenda que era possível despertar
os mortos e o instinto assassino nas pessoas. Era o que Amanda e suas amigas
planejavam fazer na sua casa, uma pequena chácara longe da cidade. Não demorou
muito para que suas amigas chegassem.
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Eu trouxe tudo. Vamos começar logo! – disse Geovana carregando algumas velas,
um compasso e uma folha.
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Meninas, vocês tem certeza que querem fazer isso. Eu estou com medo – disse
Stefanie.
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Não vamos desistir agora. Precisamos fazer um vídeo legal e ganhar muitos likes na internet – disse Amanda
-
Está bem – rendeu-se interessada no efêmero sucesso que esperava ganhar, até porque seu sonho era ser muito famosa.
Elas
fizeram um circulo no papel de caneta com as letras do alfabeto, números de 0 a 9 e
as palavras Sim e Não. Sentaram-se em volta do circulo, colocando as velas em
volta, pois acreditavam que a luz apagada daria um ar de suspense. Ligaram a
câmera e começaram a gravar.
Usando
um compasso, Amanda e suas amigas colocaram a ponta dos dedos indicadores e
começaram a manipular o objeto.
- Somos Amanda, Stefany e Giovana e invocamos algum espírito que queira conversar conosco.
-
Exatamente! – responderam as outras duas.
-
Tem alguém aí? - perguntou Amanda – e levemente o compasso moveu-se para a
palavra Sim, Elas gelaram, mas ao mesmo tempo sentiram um tipo de adrenalina.
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Isso deve ser brincadeira, vocês devem estar armando – disse Geovana – Quero
fazer uma pergunta para este tal espírito. Você consegue mover objetos? – O
compasso moveu-se para o Sim – Então, quero que apague uma destas velas. Você consegue?
– perguntou ela de novo.
-
Por favor, não! - disse Stefany enquanto seu dedo tremia – Não vamos mais
brincar com isso.
-
Não vai acontecer nada. Veja – disse Amanda – Quando ela voltou a olhar
novamente para o circulo ele estava na palavra Sim.
Elas
se afastaram e ficaram olhando para as velas, aguardando a presença do
espírito. Depois de uns longos minutos de espera, Amanda disse.
-
Viu Stefany, não aconteceu – E antes que ela terminasse a frase uma das velas
se apagou e ambas se assustaram e se entreolharam. Mas Geovana ainda não
acreditou.
-
Eu ainda duvido, deve ter sido o vento meninas – Ela continuou com o compasso
na mão – Como se chama fantasminha? – As letras se moveram formando Marta, mas
elas ficaram na dúvida se talvez não estivesse escrito Morta. – Qual é a sua
idade? – enquanto apenas Geovana segurava o compasso, as outras apenas
assistiam. O número dito foi 4 e 3, o que elas supuseram ser 43 anos – Prove
que está conosco! – Geovana largou o compasso e ficou encarando as meninas.
-
O que aconteceu Geovana? – Perguntou Amanda
Ela
demorou a responder e ficou encarando seriamente as garotas
-
Ela disse cozinha – disse por fim, e algumas panelas caíram no chão, fazendo
com que Stefanie gritasse!
– Deve ter sido o gato da Amanda, não grite Stefanie!
-
Como posso não gritar, coisas estranhas estão acontecendo – Ela começou a se
apavorar e chorar. Amanda a abraçou e a confortou dizendo.
-
Acalme-se, acho melhor pararmos está brincadeira Geovana, está ficando séria
demais e já perdeu a graça.
-
Ainda preciso de mais uma coisa. Depois paramos. – Pegou novamente o compasso. Quero
que venha nos visitar pessoalmente Marta Morta.
-
Não!!! - As duas gritaram para Geovana. Mas um vento surgiu apagando todas as
velas e dentro do compasso saiu uma fumaça cinza entrando na boca de Geovana
como uma bola de fogo.
Não
era mais Geovana. Um espírito a possuía e agia estranhamente. Estalou os dedos,
arregalou os olhos e mexia o pescoço e as pernas totalmente tortas. Inspirou um
perfume e falou melosamente.
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Quero sangue. Sinto cheiro de sangue.
Stefanie
e Amanda gritaram e saíram correndo para a cozinha á procura de algo para se
defender, mal podiam enxergar. Amanda arrancou o papel deixado por sua mãe. E o
celular também.
-
O que nós fizemos. Não é mais ela – cochichou Amanda – Vamos nos esconder e
sair logo daqui.
-
Estou com muito medo. – Elas se abraçaram e foram para fora.
E
não demorou para que Marta Morta pegasse a faca que estava no chão e foi atrás
das meninas na cozinha.
-
Ainda Sinto cheiro de sangue.
Viu
a porta da cozinha aberta percebendo pelo cheiro que as garotas estavam La
fora. Viu-as correndo em direção as árvores e foi atrás mais depressa que elas.
Stefanie gritava, olhava para trás e não reconhecia mais a amiga. Ela tropeçou
em uma pedra e caiu no chão. Marta Morta chegou perto dela.
-
Por favor, não me mate. Você é minha amiga.
Ela riu. Enfiou a
faca em sua barriga a esfaqueando várias vezes. Amanda viu de longe o massacre
de sua amiga. Chorou e continuou a correr. Marta Morta bebeu o sangue
e comeu o coração dela, degustando o sabor precioso de sua vida.
Amanda
subiu uma montanha de pedras em busca de sinal para ligar para os pais pedindo
socorro. Estava desesperada, discando os números, e não demorou para que Marta
Morta aparecesse e puxasse os seus pés.
-
Fica longe de mim – disse Amanda. – Ela se segurou em um galho de árvore – Me
solte sua víbora. Deixa a minha amiga em paz.
Mas
Marta Morta a puxou e arranhou seu rosto. Amanda tirou a faca da mão dela, que
caiu lá embaixo. As duas se agarraram e
travaram um confronto de forças. Amanda puxou os cabelos dela, e se jogou a
empurrando para baixo, rolando 3 metros sobre as pedras.
Quando
chegou lá embaixo, viu que Marta Morta estava desmaiada. Para acabar com aquilo
ela agarrou o pescoço e a estrangulou fortemente. Foi quando viu que o espírito
saiu realmente do corpo. Ela havia perdido uma amiga, e matado a outra.
Ficou
ali até amanhecer o dia, quando seus pais a encontraram. Ela não disse mais
nenhuma palavra. O vídeo gravado foi encontrado destruído. E os restos de seus
dias Amanda passou internada em um hospício para loucos, com a crise de
personalidade e os gritos.
-
Quero sangue! Sinto cheiro de sangue!
By Mrysol